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Gerenciar contratos não se resume apenas a lidar com instrumentos jurídicos. A compreensão e a gestão dos termos são cruciais para garantir que as necessidades e expectativas de todas as partes envolvidas sejam atendidas. A seguir, exploraremos como definir e negociar termos contratuais de forma eficaz, abordando desde a compreensão dos termos fundamentais até estratégias para sua atualização.

1. Entenda os conceitos básicos e a terminologia comum em contratos

Entender os termos fundamentais de um contrato é o primeiro passo para gerenciar contratos de forma eficaz. Termos como “parte contratante”, “objeto do contrato”, “prazo”, “rescisão” e “cláusulas” são elementos essenciais que todos os envolvidos devem compreender claramente.

Partes do Contrato

As “partes” referem-se a cada uma das entidades ou indivíduos que celebram um contrato. Em qualquer contrato, haverá pelo menos duas partes: a contratada (quem oferece o serviço ou produto) e a contratante (quem recebe o serviço ou produto). A definição clara das partes envolvidas é crucial para assegurar que cada uma das responsabilidades e direitos sejam corretamente atribuídos e cumpridos.

Exemplo: Em um contrato de prestação de serviços, a empresa fornecedora do serviço é a parte contratada, e a empresa que contrata o serviço é a parte contratante.

Objeto do Contrato

O “objeto do contrato” define o propósito e a essência do acordo. Ele especifica o que está sendo oferecido, fornecido ou executado pelas partes. É uma descrição detalhada dos produtos, serviços ou ações que serão entregues ou realizados conforme acordado no contrato.

Exemplo: Em um contrato de desenvolvimento de software, o objeto do contrato pode ser o desenvolvimento e a implementação de um sistema específico para a empresa.

Prazo

O “prazo” do contrato refere-se ao período de tempo durante a qual o contrato estará em vigor. Ele pode incluir a data de início e a data de término, bem como quaisquer condições relacionadas à renovação ou extensão do contrato. Definir o prazo claramente ajuda a evitar disputas sobre quando o contrato começa e termina, e sob quais circunstâncias pode ser estendido ou renovado.

Exemplo: Um contrato de aluguel pode ter um prazo de 12 meses, começando em 1.º de janeiro e terminando em 31 de dezembro do mesmo ano com renovação automática, até que uma das partes não tenha mais o interesse.

Rescisão

A “rescisão” do contrato trata das condições sob as quais o contrato pode ser encerrado antes do término do prazo originalmente acordado. Ela pode incluir motivos específicos que justificam a rescisão, como inadimplência, violação de cláusulas contratuais ou outras circunstâncias estipuladas no contrato. As cláusulas de rescisão também detalham os procedimentos e as consequências de um encerramento antecipado.

Exemplo: Em um contrato de fornecimento de materiais, a cláusula de rescisão pode permitir que o comprador rescinda o contrato se o fornecedor falhar em entregar os materiais dentro do prazo estipulado repetidamente.

Ordem de Serviço

Um contrato pode ser executado mediante a emissão de Ordens de Serviço pela parte contratante. A “ordem de serviço” é um documento que detalha as tarefas específicas a serem realizadas, enquanto a “proposta” é a oferta inicial que define as condições e termos de um possível contrato. Compreender esses termos permite que as negociações sejam mais claras e produtivas, estabelecendo uma base sólida para a relação contratual.

Exemplos de Ordem de Serviço e Proposta

2. Conheça as Estratégias para Definição Clara de Termos

Definir termos de contrato de maneira clara e objetiva é fundamental para evitar ambiguidades e mal-entendidos. Alguns passos essenciais incluem:

3. Aprenda Técnicas Eficazes de Negociação de Termos Contratuais

Negociar termos contratuais pode ser um processo complexo, mas algumas estratégias podem facilitar:

4. Use Cláusulas Específicas para Gerenciamento de Riscos

No contexto dos contratos, o uso de cláusulas específicas é essencial para o gerenciamento de riscos legais e financeiros. Cláusulas bem-redigidas podem proteger a empresa de diversas eventualidades. A seguir, examinamos três tipos críticos de cláusulas:

  1. Cláusulas de Indenização: Estas cláusulas estipulam que uma parte compensará a outra por quaisquer perdas ou danos decorrentes de determinadas ações ou eventos. Elas são importantes para proteger contra riscos e assegurar que uma parte não seja injustamente prejudicada pelas ações da outra.
  2. Cláusulas de Limitação de Responsabilidade: Estas cláusulas limitam o montante que uma parte pode reivindicar da outra em caso de violação do contrato. Isso ajuda a controlar a exposição financeira da empresa e evitar litígios caros.
  3. Cláusulas de Confidencialidade: Estas cláusulas garantem que as informações sensíveis compartilhadas durante a vigência do contrato sejam mantidas em sigilo e não sejam divulgadas a terceiros. Elas são cruciais para proteger propriedade intelectual, estratégias de negócios e outras informações confidenciais.

Facilidade na Alteração das Cláusulas

Para manter a relevância e a eficácia das cláusulas, é vital que os contratos possam ser facilmente revisados e atualizados. A tecnologia moderna permite registrar e gerenciar alterações de cláusulas, facilitando a revisão e a adaptação contínua às necessidades e riscos emergentes.

Utilizar essas cláusulas de maneira estratégica ajuda a mitigar riscos, proteger os interesses da empresa e garantir que todas as partes estejam cientes de suas responsabilidades e limites.

A facilidade na alteração das cláusulas refere-se à capacidade de revisar, atualizar e modificar as cláusulas contratuais de forma eficiente e eficaz conforme as necessidades e circunstâncias mudam. Isso é crucial porque os contratos não são documentos estáticos; eles frequentemente precisam ser ajustados para refletir novas realidades, como mudanças legais, condições de mercado ou novas políticas internas.

Histórico de revisões

Outro ponto importante é a revisão do histórico de alterações:

5. Revise e Atualize os Termos Contratuais

Revisar periodicamente os termos dos contratos é crucial para garantir que eles continuem relevantes e eficazes frente às mudanças legais e de mercado. Essa prática não apenas protege sua empresa de riscos legais e financeiros, mas também assegura que os contratos estejam alinhados com as novas necessidades e contextos do negócio.

Adaptação a Novas Realidades Legais e de Mercado

As leis e regulamentos que governam os contratos estão em constante mudança. Por exemplo, atualizações nas legislações de privacidade de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, podem exigir revisões nas cláusulas de confidencialidade e proteção de dados.

Além disso, mudanças no mercado, como novas condições econômicas ou tecnológicas, podem impactar os termos contratuais relacionados a preços, prazos de entrega e responsabilidades.

Mitigação de Riscos

A revisão periódica permite identificar e corrigir possíveis falhas nos contratos antes que elas se tornem problemas maiores. Cláusulas desatualizadas ou ambíguas podem ser fontes de disputas e litígios. Manter os contratos atualizados ajuda a minimizar esses riscos, garantindo que todas as partes estejam cientes e de acordo com os termos vigentes.

Manutenção da Conformidade

A conformidade com regulamentos e padrões da indústria é essencial para evitar penalidades e danos à reputação. A revisão regular dos termos contratuais assegura que sua empresa esteja em conformidade com todas as exigências legais e regulamentares.

Práticas Recomendadas para a Atualização de Termos

Realizar auditorias periódicas dos contratos para verificar a conformidade com as leis e regulamentos atuais. Essa prática ajuda a identificar cláusulas que precisam ser revisadas ou atualizadas.

Envolver todas as áreas interessadas na revisão dos contratos, incluindo os departamentos jurídico, de compliance e operacionais. Isso garante que todas as perspectivas sejam consideradas e que os termos contratuais reflitam as necessidades e preocupações de toda a organização.

Ferramentas de gestão de contratos, como a oferecida pela simplesmenteUse, podem facilitar a revisão e atualização dos termos. Essas ferramentas permitem armazenar e acessar o histórico de revisões dos contratos, garantindo que todas as alterações sejam documentadas e rastreáveis.

Manter-se informado sobre mudanças legais e regulatórias que possam impactar seus contratos. Assinar newsletters jurídicas, participar de seminários e consultar regularmente fontes confiáveis de informação legal são maneiras eficazes de se manter atualizado.

Oferecer treinamentos regulares para a equipe sobre as melhores práticas de gestão de contratos e as mudanças legais e regulamentares relevantes. Isso garante que todos os envolvidos no processo de gestão de contratos estejam cientes das suas responsabilidades e saibam como lidar com as atualizações necessárias.

Uma ferramenta de gestão de contratos eficiente deve oferecer recursos para manter um histórico detalhado das revisões contratuais. Isso inclui a capacidade de armazenar versões anteriores dos contratos, registrar quem fez as alterações e quando, e o que foi modificado. Esse histórico é crucial para auditorias, resolução de disputas e para garantir a transparência em todo o ciclo de vida do contrato.

Conclusão

Como você viu neste post, gerenciar contratos não significa apenas gerenciar instrumentos jurídicos. Além disso, mostramos que revisar e atualizar os termos contratuais regularmente é uma prática essencial para manter a relevância e a eficácia dos contratos frente às mudanças legais e de mercado.

A implementação de práticas recomendadas, como auditorias regulares, engajamento de partes interessadas e o uso de ferramentas de gestão de contratos, pode ajudar sua empresa a mitigar riscos e garantir a conformidade.

Por falar em ferramentas, leia nosso artigo sobre como alcançar a redução de custos com softwares de gestão, uma prioridade para empresas de todos os segmentos!