Ainda hoje é comum que as muitas áreas não conheçam as funções exercidas pelo departamento jurídico e a sua importância para que a empresa opere de forma legal. Muitas vezes, o jurídico é visto como um “gargalo”, onde determinada informação ou atividade “está parada”.
Muito além de trabalhar em processos judiciais, este departamento é demandado para dar pareceres de todos os tipos; avaliar riscos em contratações; analisar e elaborar instrumentos contratuais, gerenciar procurações, documentos societários, gerenciar a relação com escritórios parceiros e ainda representar a empresa em diversos assuntos.
O gerenciamento de tantas demandas no dia a dia é um desafio para que o departamento jurídico seja menos operacional e mais estratégico dentro da empresa. Para isso, três fatores são importantes: visibilidade, rastreabilidade e indicadores.
A combinação destes fatores permite que a gerência e/ou diretoria tenha uma visão mais abrangente do todo: número de demandas, percentuais de atendimentos, pontualidade no atendimento, divisão das demandas na equipe, além de informações necessárias para se ter, de fato, uma boa gestão da área.
O primeiro passo para ter visibilidade do que está sob responsabilidade do departamento jurídico é definir os fluxos de trabalho, divulgá-los para todas as áreas da empresa e integrar mais as áreas, pois nem sempre “tudo é trabalho do jurídico”. Por exemplo, quantos atores estão envolvidos na atividade de elaboração de um instrumento contratual ou no levantamento de dados de um contencioso? Muitos, mas quase sempre, quando se pergunta “onde está o contrato ou o processo?”, quase sempre a resposta é “deve estar no jurídico”.
Com as informações organizadas, é possível analisar demandas recorrentes; orientar os demandantes, evitando o retrabalho; e disponibilizar dados que ajudarão na tomada de decisões estratégicas.
É preciso quebrar o paradigma de que o departamento jurídico é apenas custo para a empresa. Para isso, é preciso disponibilizar ferramentas que apoiem o dia a dia, liberando os profissionais para análises técnicas, financeiras e gerencias, visando sempre agir de forma preventiva e alinhada com os negócios da empresa.
* Por Angela Zander, sócia da simplesmenteUse, há 15 anos falando sobre tecnologia para gestão de contratos, documentação contratual, pareceres, procurações, contencioso, entre outros.
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